Novo dinossauro ‘falante’ é descoberto no México - Tudo do Bem

Novo dinossauro ‘falante’ é descoberto no México

Novo dinossauro 'falante' é descoberto no México
Novo dinossauro 'falante' é descoberto no México
Novo dinossauro ‘falante’ é descoberto no México

Paleontólogos descobriram no México os restos de um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 73 milhões de anos. Os pesquisadores descobriram que se trata de uma nova espécie, que ganhou o nome de Tlatolophus galorum.

+ Prefeitura lança manual ilustrado do Centro de São Paulo
+ Olimpíada de astronomia está com inscrições abertas até sábado (15/5)
+ Veterinária encontra bezerro com três olhos
+ Após furto, confeitaria coloca rosto de ladrão em cookies

Os primeiros vestígios do dinossauro foram encontrados em 2013, em um sítio no município de General Cepeda, estado de Coahuila. Os pesquisadores seguiram cavando e acabaram encontrando novos ossos.

O achado, publicado na revista Cretaceous Research, deriva de um projeto multidisciplinar, com a participação do Ministério da Cultura, através do Inah (Instituto Nacional de Antropologia e História) do México.

“Embora tivéssemos perdido a esperança de encontrar o topo do espécime, assim que recuperamos a cauda, ​​continuamos a cavar sob onde ela estava localizada. A surpresa foi que começamos a encontrar ossos como o fêmur, a escápula e outros elementos”, afirmou Ramírez Velasco.

O pesquisador, coautor do artigo junto com Felisa Aguilar, René Hernández Rivera, José Luis Gudiño Maussán, Marisol Lara Rodríguez e Jesús Alvarado Ortega, observou que entre esses ossos apareceu um muito alongado e em forma de gota. “Na época, eu disse que fazia parte da pelve, mas outro participante do projeto, José López Espinoza, comentou que era a cabeça do animal.”

Depois da coleta, limpeza e análise de outros 34 fragmentos ósseos, as peças se encaixaram. Os paleontólogos tinham, com efeito, a crista do dinossauro, com 1,32 metro de comprimento, além de outras partes do crânio: mandíbulas e maxilares, palato e até mesmo o segmento conhecido como neurocrânio, onde ficava o cérebro.

Dadas as excepcionais condições de conservação do crânio (quase 80% da estrutura óssea está preservada), foi possível comparar o espécime com outras espécies. A crista do espécime de Coahuila, em forma de gota, era até oposta à crista tubular do Parasaurolophus, a espécie mais conhecida de parassaurolofo, que habitou os atuais territórios do Novo México e Utah (EUA), bem como Alberta (Canadá), e que foi retratado em filmes como Jurassic Park.

A composição é adequada não só porque a crista desse animal lembra uma vírgula em sua forma – símbolo utilizado pelos povos mesoamericanos para representar a ação comunicativa e o conhecimento em si mesmo em códices. Em todos os lambeossaurinos a crista possuía função comunicativa, pois, tendo numerosas passagens internas e conexões com o nariz e a traqueia, funcionaria como uma trombeta integrada.

“Sabemos que eles tinham ouvidos capazes de receber sons de baixa frequência. Então, eles deviam ser dinossauros pacíficos, mas falantes. Alguns paleontólogos teorizam que emitiam sons altos para espantar os carnívoros ou para reprodução, o que sugere que as cristas tinham cores vivas”, explicou Ángel Ramírez.

  • arrow